quarta-feira, 25 de abril de 2012

O homossexualismo descoberto na infância

Tudo o que nos define a personalidade, o caráter e outros traços, são determinados, segundo a maioria das posições psicológicas, na infância, mais precisamente entre o nascimento até 6-7 anos de idade. Não há qualquer justificativa conhecida até hoje que considere o homossexualismo como oriundo de uma designação genética e/ou biológica. Sabemos, pois, que os homossexuais apresentam algumas características afetivo-familiares interessantes e coincidentes entre eles.

O ambiente familiar, normalmente, não é favorável a um desenvolvimento psicológico saudável, principalmente no que tange à afetividade É interessante observar que quando uma mãe é superprotetora, o pai, coincidentemente, é submisso, ausente e passivo. Quando a mãe é passiva, o pai quase sempre é austero, dominador e agressivo (também ausente afetivamente). Em suma, sempre existe um desequilíbrio na relação dos pais ou entre as figuras adultas responsáveis pela criança. Esta cresce sem experienciar a afetividade necessária para a sua saúde psicológica e ajustamento em seus futuros relacionamentos interpessoais, principalmente os ligados ao sexo oposto, mais precisamente aos relacionados à intimidade com o outro.

A submissão, característica comum entre os homossexuais, a não assertividade (falta de afirmatividade) e a insuficiência afetiva são o pano de fundo da expressividade sexual. O homossexual, portanto, a meu ver, não tem qualquer problema sexual digno de relevância, embora sua sexualidade se orientada de maneira incomum. Ele possui um vazio afetivo-existencial severo que o obriga a lançar mão de compensações para superar a necessidade essencial de identificação como a figura representativa de seu gênero, mesmo que para isso seja preciso relacionar-se sexualmente com uma pessoa do mesmo sexo.

Alguns até conseguem relacionar com o sexo oposto e chegam mesmo a contrair compromissos conjugais, mas não há uma "sustentação experiencial" que efetive o relacionamento heterossexual e, muitas vezes, há renúncia desta condição no sentido de assumir suas propensões sexuais proeminentes.

Existem aqueles que relutam à submissão e reverte esta atitude dominando o outro - neste caso, normalmente o relacionamento homossexual apresenta características sádicas, que é também uma inabilidade afetiva de relacionar - agressividade e amor confundem-se devido à falta de experienciação "cerebral" na infância, ou seja, isto não foi aprendido devido às adversidades vivenciadas. A domesticação da agressividade não ocorreu, portanto, o amor não se desenvolveu, ficando estagnado à fase sádica - típico do homossexual com exclusividade ativa. A passividade, por outro lado, é a forma reivindicatória para ser amado, mesmo que para isso seja necessário "comprar o amor" do outro através de trocas materiais. O amor é fundamental, um sustento existencial comparado a qualquer outro.

O homossexualismo é um período do desenvolvimento afetivo natural que não passou da infância e, por isso não teve continuidade para atingir a heterossexualidade, ou seja, o continuum sexual não sucedeu. O desenvolvimento afetivo ficou obstruído, a auto-estima não se formou suficientemente e, a conseqüência foi a discrepância entre o afeto e as designações biológicas do sexo.

Uma eventualidade importante pode ser observada no homossexualismo: o "amor" excede ao natural ultrapassando o limite de saciedade e a necessidade de alívio das tensões sexuais é constante. A necessidade incoercível de praticar sexo é a forma compensatória de sobrevivência - o caminho mais próximo para a tolerância da insuficiência afetiva. O estado de privação é perene.

Quando o homossexualismo se manifesta objetivamente não significa que ela origina naquele momento - apenas foi deflagrado por alguma circunstância favorável (saiu do armário, como dizem). Muitos homossexuais masculinos revelam alguma experiência homossexual na infância, normalmente no período de latência sexual e, quase sempre com algum adulto da intimidade familiar (tio, vizinho, empregado, irmão, etc.).Estas experiências homossexuais, na maioria das vezes, são a nível de sedução e não de violentação.

As condições com que ocorrem são afetivamente gratificantes, como por exemplo, por o menino para sentar no colo e friccionar, ao mesmo tempo em que os afagos acontecem. Gratificações materiais também podem ser oferecidas nestas oportunidades. A satisfação afetiva da criança é vinculada às sensações deflagradas pelas toques sexuais que acontecem - masturbação e sexo oral são as práticas mais comuns nestas ocasiões. Estas oportunidades ocorrem inúmeras vezes, não são isoladas.

Alguns indivíduos podem ter comportamentos ou experiências homossexuais sem que isto tenha alguma coisa a ver com sua identidade sexual. É comum os relacionamentos homossexuais em presídios ou em campanhas masculinas duradouras (marinha, por exemplo) onde não há a presença feminina. São atitudes sexuais cuja finalidade principal é a descarga da tensão libidinal, ou mesmo, devido à grande carga de ansiedade que se desvanece através do ato homossexual.

O homossexualismo feminino é menos explicito que nos homens, pois a intimidade entre as mulheres, mesmo que homossexual, é mais tolerável moralmente, haja vista ser excitante e compor o quadro de fantasias da maioria dos homens.

É difícil determinar estatisticamente este fato, embora pareça que o homossexualismo masculina predomine sobre a feminina devido à evidência "óptica" daquela ser maior ou mais preconceituosa. É preferível considerar o homossexualismo um fato humano que tanto pode ocorrer com o homem como com a mulher. Os parâmetros estatísticos não mudam o fenômeno, tampouco contribuem para desvendar os mistérios que ainda existem sobre tal.

Pode-se observar que, assim como o homossexualismo tem uma causa oriunda no período da infância, a heterossexualidade não consumada é também originada neste período - tudo depende das falhas afetivas dos adultos responsáveis por suas crianças. Isto é o que me tem revelado a observação clínica assistida por inúmeros casos em psicoterapia.

É oportuno ressaltar que o acompanhamento psicoterápico destes pacientes não foi orientado no sentido de mudar suas atitudes sexuais, mas compreender a dinâmica total de sua personalidade para que o seu crescimento pessoal ocorresse em direção à sua expectativa.

Por: Dr. Luiz Gonzaga F. Pinto

domingo, 15 de abril de 2012

Homossexualismo "Psicogênico"

A causa da homossexualidade não está claramente identificada. As diversas teorias podem ser agrupadas em razão de apontar para um dos dois grupos gerais de causas: genéticas e psicogênicas.

O primeiro grupo, de causas “genéticas”, postula que um indivíduo pode herdar a predisposição para a homossexualidade. As teorias reunidas nesse grupo apontam para evidências obtidas em estudos com gêmeos, os quais revelam que a incidência de homossexualismo entre gêmeos idênticos é expressivamente maior do que em gêmeos não-idênticos, o que pode facilmente ser explicado. Irmãos gêmeos idênticos tendem a imitar um ao outro, ainda mais na infância, um dos gêmeos foi influenciado pelo ambiente da criação e o outro acaba imitando-o e adquirindo o mesmo comportamento, ambos se tornam gays, porém nenhum dos dois nasceu assim.

Já o segundo grupo de teorias, chamado “psicogênico”, afirma que a identidade sexual é determinada pelo ambiente familiar e outros fatores do meio em que uma pessoa vive. A psicogenia é uma doença ou um transtorno provocado por causas psicológicas. Neste caso, as teorias apontam para a existência de denominadores comuns entre famílias de diversos homossexuais.

Pesquisas recentes indicam que as famílias mais propensas a gerar um rapaz homossexual são aquelas em que a mãe é muito íntima do filho, possessiva e dominante, enquanto o pai é desligado e hostil. São mães com tendência ao puritanismo, sexualmente frígidas e determinadas a desenvolver uma espécie de aliança com o filho contra o pai, a quem ela humilha. O filho torna-se excessivamente submisso à mãe, volta-se a ela em busca de proteção e fica ao seu lado em disputas contra o pai. Pais de homossexuais são freqüentemente distantes, não demonstrando entusiasmo ou afeição, e criticam os filhos. Sua tendência é menosprezar e humilhar o filho, dedicando-lhe muito pouco de seu tempo. O filho reage com medo, aversão e falta de respeito. Alguns estudiosos consideram que a relação entre pai e filho parece ser mais decisiva na formação da identidade sexual do jovem do que o relacionamento deste com sua mãe. Tais pesquisadores chegam a afirmar não ser possível uma criança se tornar homossexual se seu pai for carinhoso e amoroso.

Em alguns homossexuais é o medo do sexo oposto que parece ser o fator dominante, não a atração profunda por alguém do mesmo sexo. Uma vez resolvido esse medo com terapia, a heterossexualidade prevalece. Estudos recentes têm demonstrado, ainda, que a sedução por outros homossexuais — especialmente outros rapazes — não parece ser um fator relevante.

A chamada “homossexualidade latente” refere-se a conflitos emocionais similares aos da forma “aparente”, mas sem consciência do fato ou sem expressão pública dos conflitos.

Lesbianismo é o termo que se aplica à homossexualidade feminina. Como no caso do homossexualismo masculino, sua prevalência é desconhecida. Também neste caso a questão familiar desempenha um papel muito importante. Pesquisas demonstram que muitas mães de mulheres lésbicas tendem a ser hostis e competitivas com suas filhas, sendo muito ligadas aos filhos homens e ao pai. Além disso, os pais de mulheres homossexuais raramente desempenham um papel dominante na família e dificilmente mostram-se afeiçoados às filhas.

Tanto homens quanto mulheres homossexuais tendem ao isolamento e mostram dificuldade em fazer amizades, mesmo quando crianças. Na adolescência e na idade adulta eles raramente marcam encontros. A maioria dos homossexuais torna-se consciente de sua homossexualidade antes dos dezesseis anos — alguns até antes dos dez anos. Eles costumam optar pela vida em cidades grandes para aí formar seus próprios grupos sociais com regras, modo de vestir e linguagem próprios. Recentemente, tem-se observado o surgimento de organizações para melhorar a imagem do homossexual, as quais costumam negar que o homossexualismo seja um distúrbio ou anormalidade.

Leigos freqüentemente questionam se a homossexualidade deveria ser considerada uma doença ou um pecado. Uma coisa não exclui a outra. Pessoas cuja fé se baseia na Bíblia não podem duvidar que as claras proibições do comportamento homossexual façam dessa prática uma transgressão da lei divina. Por outro lado, há que se considerar a preponderância de opiniões de especialistas a apontar o homossexualismo como uma forma de psicopatologia que requer intervenção médica.

Muitos, em nossa sociedade moderna, negam a condição patológica do homossexualismo, recusam-se a considerar a existência de implicações de ordem moral e vêem a prática homossexual apenas como uma forma de expressão diferente do padrão de comportamento sexual da maioria da população. Assim, tais pessoas não apenas desencorajam a busca por ajuda como contribuem para que o homossexual se conforme com uma vida cada vez mais isolada e frustrante, independente de quão permissiva e condescendente nossa sociedade se torne.

Outra questão bastante levantada diz respeito à atitude da igreja em relação a homossexuais. Tais indivíduos se deparam com ouvidos insensíveis e portas fechadas na comunidade cristã. Essa reação intensifica os sentimentos de angústia e de solidão profunda, o completo desânimo que os assusta e, com freqüência, leva ao suicídio. Cristo, enquanto se opunha vigorosamente à doença e ao pecado, buscava doentes e pecadores com compreensão e misericórdia. A igreja erra quando se permite fazer menos.

A grande cobertura que a mídia faz do homossexualismo, resultado da recente atividade de organizações de homossexuais, tem tornado a homossexualidade mais aceitável como tópico de discussão. Dessa forma, a igreja sem dúvida tomará consciência do problema acontecendo com alguns de seus membros. Isto não deve surpreender, pelo menos por duas razões. Em primeiro lugar, o sentimento de solidão, a necessidade de contato humano e a imagem de si próprio como um desajustado levam o homossexual a ver a comunidade cristã como um refúgio e uma possível fonte de conforto. A outra razão está na frieza e rejeição, comuns no ambiente familiar, provocando ânsia por uma figura de pai amoroso, cálido e compassivo. É fácil entender como o cristianismo pode ser atraente, especialmente para suprir esta necessidade emocional.

Várias formas de psicoterapia têm sido usadas no tratamento de homossexuais, com diferentes níveis de sucesso. Como em qualquer tratamento psicoterápico, os resultados dependem de fatores múltiplos, com ênfase na motivação do paciente. Pessoas homossexuais tendem a ser desmotivadas, o que seja talvez um dos maiores desafios para o terapeuta. A experiência clínica tem mostrado que a motivação para mudar e a consciência do erro são essenciais para aumentar significativamente a expectativa de um tratamento bem-sucedido.